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Eu ando considerando trabalhar para criar uma espécie série de textos comentando sobre textos, vídeos, etc. Por exemplo, eu ando vendo alguns vídeos de alguns canais ai, eu acho que um comentário mais longo, analitico pode contribuir para gente compreender a comunicação social. Olhar alguns vídeos do Sr. Jones Manoel e tentar entender o que as pessoas se incomodam tanto com ele. A idéia é tentar fazer uma análise da comunicação, do contexto que o vídeo se encontra.

Não espere vídeos/textos tão novos, eu quero pegar coisas que eu considero relevante, até como uma tentativa de aprender, fornecer um material para quem precisar. Outro cara que eu gostaria de comentar seria o Jreg, ou mesmo a Contrapoints ou a Philosophy tube, ou ainda melhor o FD. Signifier. Ou pior, o manifesto do Unabomber e seus problemas, e ainda sim, porque ressoa em tanta gente. Um texto que estou para fazer um certo tempo é sobre a Soberana, a importância da organização da comunicação e ainda assim, seus limites.

Fora isso, eu prefiro apostar aqui em fazer algo mais longo prazo. Muita gente só considera fazer o blog depois de crescer, eu resolvi fazer o contrário. É como eu já disse em outras postagens, as pessoas só não se engajam radicalmente para um conteúdo como o meu, num blog obscuro, estranho, cheio de textos longos e que exigem algum estudo, porque eu basicamente ainda não apareço. Não há um rosto, ou uma voz, para que uma relação se forme.

Em grande parte é por isso que todo mundo faz vídeo e não escreve. O bom é que chega em muita gente, mas se deixa de falar tantas coisas. Há um certo limite para o vídeo, comparada com a internet em inglês, o nosso limite no Brasil parece ser ainda maior. Mesmo nos círculos que literalmente compartilham discurso de ódio, se espera uma cordialidade, um respeito, um tipo de polidez falsa. É engraçado que os facho no Brasil pedem "por favor, posso matar as minorias ?". E pior, se espera que a gente de esquerda reaja com amorzinho para um bando de covarde que mata pessoas com tiro nas costas e muita gente, que na verdade é um bando de liberal corno, compra o discurso de que a esquerda não pode ter ódio, que ela não pode ser organizar para combater o fascismo.

Quero apontar que existem muitas pessoas que pegam discursos da mídia hegemônica para comentar em cima e tal, e sem ofensa, eu acho muita perda de tempo. Até porque, o formato mudou radicalmente, os grandes monopólios de mídia conseguiram criar uma desconfiança geral da população no seu trabalho e as pessoas, muitas vezes, consideram muito mais o que alguém qualquer da internet fala do que o que o jornal diz. A mídia monopolista se importa com fake news ? Não, tanto que toda vez que ela pode ela espalha - a questão é a perda do seu espaço.

Ainda que a Folha de São Paulo (por exemplo) seja um grande jornal e muita gente leia, ela só tem relevância porque quem mais lê esse tipo de mídia, são funcionários públicos, administradores, políticos, etc - portanto, a Sr. Folha tem um grande papel em formar a consciência desse tipo de público. Mas, eu acho que a gente acaba ficando distante de nós mesmos, seja a esquerda, seja os trabalhadores, talvez fosse mais importante tentar se aproximar mais desse tipo de pessoa.