Cuidado, eu costumo acertar.
Ano que vem é ano de eleição e o governo federal, como sr. Jones vem falando faz séculos, o teto de gastos estará vigente. Nos bastidores da política está bem claro que Lira e o Congresso Nacional querem forçar um orçamento maior do que o governo está disposto a cumprir, já que o governo quando propôs o teto colocou um dispositivo jurídico para responsabilizar o presidente do furo no teto.
2023 ficou bem claro que Bolsonaro e a extrema-direita de uma forma geral, continuam firmes e fortes, enquanto a esquerda apesar de ter crescido alguma coisa, não conseguem pautar debate, não consegue ocupar muitos espaços e ainda tem muita dificuldade de fazer política.
Então, eu sinceramente, não espero uma vitória muito grande nas eleições municipais. Como não espero que o governo consiga lidar com essa pressão do congresso em relação ao orçamento : é muito óbvio que querem gastar, visto a eleição municipal (e claro, para ferrar o presidente).
O grande problema das eleições é que os partidos tentam fazer um trabalho que deveriam fazer por décadas em 2, 3 meses de campanha e o povo percebe isso. Fulano ir à favela fazer discurso é muito lindo, problema que fulano nunca tá na favela quando não tem eleição.
Eu penso assim, considerando a economia merda, a política merda, etc, etc, acho que a gente tem uma dificuldade muito grande de construir qualquer coisa coletiva.
É esse horizonte que faz falta.
Por isso, eu vejo, pelo menos no meu círculo pessoal/internet, que a arte é a única coisa que faz ainda algum sentido. É ela que transmite a mensagem da melhor forma, é ela que atrai gente para falar com a gente.